Vamos lá. Ao pé da letra, o termo veio do rugby ou rúgbi em português. Se você é como nós que nada sabe sobre este esporte, SCRUM se refere ao momento de reinício da partida, quando os jogadores se juntam com a cabeça abaixada e se empurram com o objetivo de ganhar a posse de bola. Mas o que isso tem a ver com o método utilizado em gestão de projetos? Seus criadores fizeram uma analogia entre a maneira com que os times de projeto atuam, movendo-se em direção ao seu objetivo em conjunto. Convencido?
Por Marcos Morita, gestor de Inovação na BankRisk, coautor Antonio Dirceu de Miranda, CEO da BankRisk.
Voltemos na linha do tempo.
Jeff Sutherland, militar e médico de formação é um dos pais do Scrum. Inspirou-se em um artigo de 1986 da Harvard Business Review, escrito por Takeuchi e Nonaka, denominado: The New Product Development Game ou o Novo Jogo de Desenvolvimento de Produtos (em uma tradução livre), no qual os autores investigaram diferentes abordagens utilizadas por equipes de desenvolvimento em empresas como HP, Honda, 3M e Xerox. Sugerimos fortemente a leitura deste artigo em saiba mais.
Algum tempo se passou até que Jeff se reuniu com 17 especialistas em fevereiro de 2001 em um hotel resort nas montanhas nevadas no estado de Utah, discutindo sobre como deveriam ser os métodos de desenvolvimento de software. Como resultado desse encontro, surgiu um manifesto do desenvolvimento do software ágil ou manifesto ágil como é mais conhecido, tornando-se a base do SCRUM. Abaixo sua íntegra:
- Os indivíduos e suas interações acima de procedimentos e ferramentas;
- O funcionamento do software acima de documentação abrangente;
- A colaboração com o cliente acima da negociação e contrato;
- A capacidade de resposta a mudanças acima de um plano pré-estabelecido;
Até os mais leigos em gestão de projetos conseguirão notar que a grafia em itálico é muito mais colaborativa, associativa, cooperativa, flexível, ágil e moderna, enquanto o lado direito traz uma sensação de burocracia, lentidão, cumprimento a regras, inflexibilidade e antiguidade. Pois era assim que os projetos eram conduzidos até então. Nada de errado, considerando que os ciclos de vida dos produtos eram mais longos e o mundo menos digital. Lembra-se da geladeira da casa da vovó?
Assim eram as instituições financeiras. Sólidas, grandes, sérias e burocráticas. Eram. Hoje o valor está na palma de sua mão, em APPS que precisam ser rápidos, amigáveis, colaborativos, flexíveis e modernos. Neste cenário, ganham vantagem competitiva as Fintechs, startups que já nasceram digitais, onde termos como sprints(1), backlogs(2), fazem parte do jargão, daily scrum(3) e sprint retrospectiva(4) estão no calendário e scrum másters(5), e product owners(6) são cargos e funções na hierarquia.
E sua instituição financeira, em qual estágio se encontra? Ainda arraigada ao jeito antigo de conduzir projetos? Utiliza apenas algumas ferramentas ágeis? Está começando a interagir com o SCRUM? Caso esteja em alguma destas fases é melhor correr, implantando um programa que coloque as metodologias ágeis em seu dia-a-dia. Vale salientar que ferramentas e processos são apenas parte do processo. Mais importante que isto é a construção de um mindset ágil(7), uma vez que ferramentas novas e formas antigas de pensar não costumam dar muito certo.
Mas e agora? Como correr atrás do lucro?
Nós da BankRisk somos especialistas em capacitar suas equipes em SCRUM e conceitos ágeis, utilizando-se de metodologias ativas e muita mão na massa, transmitindo de maneira lúdica e interativa, conforme a essência do manifesto ágil.
Como credenciais, nos últimos três anos formamos mais de 3.500 agilistas(8) em instituições financeiras que não querem ficar para trás.
Quer saber mais? Seja ágil. Vá até nosso site e saiba como podemos ajudá-lo (a).
Marcos Morita e Antonio Dirceu de Miranda, são respectivamente autores e coautores de textos e artigos para o blog da BankRisk School of Banking. Conheça-os melhor visitando: https://bankrisk.com.br/
Para saber mais:
The New Product Development Game – Artigo Harvard Business Review
https://hbr.org/1986/01/the-new-new-product-development-game
Sutherland, Jeff. SCRUM: A arte de fazer o dobro na metade do tempo
Livro escrito por Jeff Sutherland
Referências:
(1) Sprint: ciclo de trabalho no Scrum, que pode ser de 2, 3 ou 4 semanas (timebox dos sprints). E vale ressaltar que os sprints devem ter sempre a mesma duração;
(2) Backlog: Lista de itens ou histórias que precisam ser implementados para a criação do produto desejado ou para o desenvolvimento do projeto;
(3) Daily: reunião realizada diariamente, de preferência no início da manhã ou ao final do dia, quando todos os participantes ficam de pé com o objetivo de comunicar o andamento dos trabalhos, deixando a evolução transparente para todos da equipe de desenvolvimento;
(4) Retrospectiva: consiste em levantar tanto os pontos positivos como os negativos do sprint e, ao final da discussão, ter como resultado uma lista de ações para melhorar o processo como um todo;
(5) Scrum Master: atua ao mesmo tempo como um facilitador da equipe de desenvolvimento e um auxiliar do Product Owner, ajudando na manutenção do product backlog. Sua maior responsabilidade consiste em remover obstáculos que possam interferir nos trabalhos da equipe de desenvolvimento, resguardando-a de qualquer ofensor externo e garantindo a produtividade e a eficiência do trabalho do time. É também o Scrum Master quem procura assegurar o uso das práticas e dos valores do Scrum;
(6) Product Owner: pessoa responsável pelo product backlog. Ele também define e prioriza as funcionalidades que o produto deve apresentar ou as atividades necessárias ao projeto, listando-as em forma de histórias no backlog;
(7) Mindset Ágil: “Mindset” tem origem inglesa e significa “Modelo Mental” ou “Atitude Mental”. Os 3 pilares da Agilidade (inspeção, transparência e adaptação);
(8) Agilistas: aquela que não apenas utiliza o SCRUM, mas sim tem nas metodologias ágeis seu mantra;
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