E por onde começar? 

 

Pelo feedback! Nada como observar o calendário que nos sinaliza que fechamos um bimestre, trimestre ou mesmo um semestre. É hora de fazer uma pausa e avaliar o desempenho dos colaboradores. 

Avaliar entregas e resultados é tarefa fácil, afinal,  contra números não há argumento, pelo menos é o que dizem! Mas, como sabemos, não é só isso que devemos levar em consideração em um processo de avaliação, afinal avaliar atitude neste processo, é tão importante quanto os aspectos quantitativos.  

Prepare-se para este momento mágico, mesmo que remotamente.  Você pode e deve tornar este momento especial. 

Organize-se previamente, monte uma agenda de feedbacks e reserve dia e hora para cada um dos colaboradores, isso minimizará a ansiedade geral. 

Reserve um local tranquilo e livre de interferências, garanta que o colaborador também tenha esta privacidade e, muito importante: sem interrupções. 

Use ferramentas de vídeo para garantir um contato visual, ele é fundamental para que se possa conduzir o contato de acordo com o que se percebe na comunicação corporal. 

Aproveite este momento impar para valorizar os talentos de seu colaborador e elaborar um plano de ação – feedforward – isso gera comprometimento. Pesquisas constataram que colaboradores envolvidos no processo de estabelecimento de objetivos têm quatro vezes mais chance de estarem engajados. 

Interaja, faça-os participarem, solicite sugestões de como podem entregar o seu melhor, o que lhes motiva e quais as suas principais barreiras. 

Identificadas as barreiras, planeje-se para desenvolver e treinar de acordo com as questões e sugestões que surgiram. 

Use e abuse de colaboradores que apresentam talentos nos temas a serem treinados. 

Forme grupos e, usando as mesmas ferramentas de reuniões on line, realize os treinamentos de forma interativa. 

Eu particularmente, gosto muito de jogos corporativos, como KahooSocrative dentre outros. Com eles você conseguirá identificar de forma on line o quando foi absorvido de conhecimento rever o treinamento ou retomar o assunto se assim for necessário. 

Desta forma seu foco vai ser na aprendizagem e não no ensino. 

Neste momento de quarentena, dedique 80% do seu tempo, para cuidar das pessoas, treine-as, desenvolva-as de acordo com suas necessidades específicas. O envolvimento será muito maior. 

Em um estudo com 8.115 colaboradores, o Instituto Gallup descobriu que o maior diferenciador entre pessoas engajadas e ativamente desengajadas é o tempo que elas ficam focadas nos seus pontos fortes. Então um líder deve focar predominantemente naquilo que a pessoa faz bem e reforçar   diálogos positivos, construir uma relação de confiança. Desta forma, quando se precisar falar de uma fraqueza, tudo acontecerá de forma mais suave, natural e bem recebida. 

Assim você pode criar um senso comum de responsabilidade pela performance da equipe e da organização.   

Luzia Martinez é psicóloga, especialista em treinamentos corporativos voltados para gestão empresarial, gestão de pessoas, vendas de produtos bancários e atendimento ao cliente e gestora da área comportamental na BankRisk – Banking Intelligence